Diante dos Jogos Olímpicos que estamos acompanhando, percebemos vários casos de atletas que tendem a desenvolver ou apresentar depressão.
Os casos de diferentes tenistas, como: Osaka, Kyrgios, Thiem e Zormann também indicam(ram) os sintomas da depressão, tais como: sensação de desamparo, tristeza, ameaça, impotência em realizar as tarefas, enfrentar as situações e adversidades, lidar com a pressão, insegurança, busca o isolamento e outros sintomas.
É importante ressaltar que esses sintomas não são momentâneos e analisar a frequência deles é um dos indicadores para definir realmente o diagnóstico de depressão.
No esporte, a pressão pela vitória, a sensação de já ter alcançado um objetivo e se sentir sem rumo do que fazer após ter vencido uma Olimpíada, por exemplo, a busca a perfeição, overtraining, a dificuldade em lidar com os erros num momento e torneio importante, a dificuldade em lidar com o público, a torcida e o fato de não ser o grande “centro” algumas vezes, são alguns fatores que podem levar a depressão.
Simone Biles e Naomi Osaka que, em breve, possamos ver vocês assim: sorrindo e, principalmente, bem. ❤️
— Footure (@FootureFC) July 29, 2021
Que possamos discutir cada vez mais sobre a saúde mental dos atletas — e de todos, é claro. Não são os milhões e a fama que nos afastam dos problemas. pic.twitter.com/RCiq7Ugfi8
Afinal, a ideia que se faz do atleta é que são heróis e, portanto, já são considerados fortes mentalmente e as questões mentais acabam sendo tratadas como irrelevantes para o mundo esportivo.
Será que Osaka realmente deveria ter abandonado as entrevistas após o jogo ou poderia ter se preparado mentalmente para não chegar na hora H e desistir ou nem sequer participar do torneio, trabalhar mentalmente e depois voltar para os torneios? A resposta certa? Não tenho, mas trabalhar o fator mental nos momentos de dificuldade ou não, é de extrema importância.
A preparação mental com a ajuda do psicólogo esportivo junto a equipe realizando um trabalho multidisciplinar colabora muito para que esse atleta adquira um autoconhecimento e aprendizagem de como lidar com todas essas questões.
Qual é a sua opinião sobre esse assunto?
Até a próxima postagem!
Um forte abraço.
Ms. Luciana B. Meireles
Especialista em Alta Performance
Psicóloga do Esporte e Clínica.