Semifinal depois de dois anos

Uma semana que poderia ter terminado melhor

Tivemos 5/1 no segundo set, mas não conseguimos fechar o set. Frustrante? Sim, mas de maneira alguma negativo. Foi uma tremenda semana, que trouxe de volta a confiança e a alegria. Bom, eu poderia estar falando de vários jogadores, não é verdade?

Mas a jogadora no caso é a norte-americana Sloane Stephens. Fizemos uma boa semana aqui no saibro de Parma. Bela cidade, clube elegante, e a comida…Mama Mia!

Começamos o trabalho de preparação física com Sloane no final de fevereiro, sob a recomendação de Diego Moyano (atual treinador de Kevin Anderson) e quem por vezes auxilia algumas jogadoras em Boca Raton, Florida.

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Minha conexão com Sloane foi imediata. Tenista alto astral, extremamente educada e atleta com tremendo potencial em todas as áreas. Campeã de Grand Slam, que muitas vezes pode ter um efeito perigoso na criação de expectativa e, mais importante, por vezes traz mudanças que não necessariamente contribuem para um futuro positivo.

Sloane é muito inteligente em tem uma leitura do jogo tremenda. Mas, apesar de grande potencial físico, não havia sido explorada com intensidade e dedicação. A presença de Diego e de Darian King, amigo de infância com quem fez as semanas aqui na Europa (até agora), foram marcantes para iniciar essa nova etapa onde acredito que possa trazer excelentes resultados.

Venho batendo na tecla da consistência. Não somos o que fazemos de melhor, nem de pior. Somos o que fazemos diariamente, e mais importante, com confiança. Costumo dizer que quem não gosta de perder tem mais chance do que o tenista que só gosta de ganhar. Não sei se faz sentido para o leitor, mas para mim, o atleta que está realmente disposto a sofrer e a encontrar a solução para não perder, esse fica no ponto, no game, no jogo.

Nosso trabalho é nessa direção e já vamos vendo boas situações. Nos defendemos e atacamos quando necessário. Lemos o jogo e reagimos a isso. Controlamos com inteligência McNally, reagimos e mudamos o jogo contra Kasatkina, fomos extremamente eficientes com Errani.

Perdemos, mas mudamos a forma com que Wang joga. De ofensiva, Wang passou a empurrar a bola e teve sorte que alguns momentos importantes não erramos a decisão, mas, a execução. Mais importante, permanecemos fisicamente presente todos os minutos. E isso é muito importante.

Particularmente, vejo muito potencial em Stephens, e, vejo sua disposição a fazer o que é necessário. Vamos ver o que o tempo nos diz. Agora, agarramos nossas malas, e nos dirigimos a Barcelona.

Treino com foco no French Open. Por agora é isso!

Game-Set-Match.

Cassiano Costa
Preparador Físico WTA Tour
CEO Costa Performance

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