Masters 1000 de Xangai e a onda Djokovic

É indiscutível que Nole vem em uma ascendente impressionante.

O sérvio Novak Djokovic ganhou seu quinto título consecutivo e atropelando seus adversários. Muito diferente do ano passado que questionava até sua continuidade no circuito profissional do tênis, o tenista de Belgrado se mostra cada vez mais a prova de bolas, rs.

Seguramente essa fase de agora reflete um grande aprendizado, onde teve que baixar a bola, voltar às origens, muito trabalho, pé no chão e humildade para a busca de um novo Djoko. Chegou até a ter conselhos de André Agassi, que passou por situação semelhante e não rolou, procurou outras pessoas e não rolou.

Finalmente chegou a conclusão que o problema não estava fora com soluções externas, voltou para si, procurou o caminho inicial, suas origens a Marian Vayda, como num retorno de Rocky Balboa e foi trabalhar.

Penso que todo esse processo, o amadureceu, está mais sincero em suas atitudes, mais jogador ainda do que era antes. Particularmente, gosto muito mais deste novo Djoko do que o de antes. Me vejo torcendo espontaneamente muitas vezes para ele.

Reprodução Twitter/ATP World Tour

Nole mostra sua luta na quadra com muito mais espontaneidade. Em várias ocasiões tem mostrado uma grande capacidade de recuperação nos jogos, e acredita cada vez mais que pode vencer, mesmo num dia ruim. O que antes virava desanimo e atitude derrotista ano passado, hoje demonstra uma paciente maturidade, sabendo que pode transformar uma situação desfavorável em vitória.

Nole está resiliente consigo mesmo. Sem atropelos, estuda com mais consciência as oportunidades que pode criar na quadra hoje. Esse tipo de atitude o deixa cada vez mais forte. Um exemplo foi na Laver Cup, mesmo tendo perdido para Anderson (que jogou incrivelmente), não se cobrou ou baixou a guarda de sua confiança.

Em Xangai, fez uma belíssima semifinal contra Sascha Zverev e na final contra o ex-NextGen Borna Coric, que já é uma grande realidade, Novak soube impor-se, aproveitando todo o respeito que o jovem Borna demonstrou.

Aliás Borna Coric não demonstrou o mesmo respeito pelo Mestre dos Magos Federer, jogando uma partida impecável, tomando a iniciativa dos pontos e comandando o jogo de cabo a rabo. Gosto muito do jogo de Coric, sempre comentei a respeito e minhas ressalvas ao jogo dele eram ser mais agressivo e melhorar nas horas de pressão e decisão, no que ele vem demonstrando nítida evolução. Jogador completo, talentoso e muito atlético, vamos ver muito de Coric nos próximos anos.

Agora sobre Djokovic, não pensem que ele está satisfeito com tudo o que tem feito esse ano. Na realidade, e em seus pensamentos o posto de número 1 do mundo está só virando a esquina da próxima rua, com um Nole consciente, sem pressa, mas com total foco em seu objetivo. Vamos acompanhando e ficar de olho no ATP Finals que será sem dúvida um show!

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