Logicamente se falarmos em ter um time exclusivo para um jogador que não tenha a capacidade de bancar, fica inviável. No caso de uma equipe de juvenis com apoio, esse custo é diluído e benéfico para todos, onde terão apoio de técnico, preparador físico, psicólogo, nutricionista etc.
Mas hoje quero escrever sobre o caso de um tenista profissional Top. Especificamente quando ele está lá em cima, entre os 15 do mundo, e no ponto de arrancar entre os 10 ou mais afunilado ainda, entre os 5. Observo isso pois vem acontecendo com frequência e tem sido o diferencial com vários jogadores.
Primeiramente, o jogador cresce e um excelente trabalho se apresenta com seu treinador usual que o leva entre os 100, 50, 30, 20 do mundo. Sem nenhuma dúvida um trabalho de excelência foi executado, com esmero, planejamento, disciplina e objetivos.
Competitivo como o circuito está, com os atletas TOP cada vez mais completos, contratar um time de ponta, certamente será um investimento que terá seu pay back e lucro. Todos do time estão crescendo e aprendendo juntos, desde o jogador logicamente a principal estrela, mas muito o técnico, bem como, o preparador físico também.
O fato de estarem permanentemente no circuito semana após semana e observando, convivendo com os diversos treinadores e profissionais do meio, é uma grande vivência e aprendizado. O time acaba se tornando uma família onde as necessidades se apresentam e são observadas para que se atinja um objetivo mais elevado.
Mas, em muitas situações, um limite pode chegar. Em um dado momento mais uma cabeça no time com experiências especificas, pode ser um gigante diferencial. Um exemplo clássico é de Jannik Sinner, que tem seu treinador italiano desde muito tempo e recentemente contratou o australiano Darren Cahill como seu segundo treinador.

Certamente nunca um desmerecimento de seu treinador mais antigo, e sim um complemento de uma segunda cabeça acostumada a treinar e vencer juntos a jogadores detentores de Grand Slam. Podemos observar no caso de Carlitos Alcaraz e o fato de ter como treinador Juan Carlos Ferrero, ex-número 1 do mundo e vencedor de Grand Slams.
Declarado por ele mesmo, Carlitos atribui muito do seu sucesso por conta da assessoria que tem de Juan Carlos, mostrando o caminho das pedras, onde o jovem espanhol segue cegamente.
Podemos observar o caso de vários jogadores e jogadoras que batem entre os 15 primeiros postos e depois se perdem um pouco, tendo muitas dificuldades em escalar postos maiores.

Quero deixar claro, obviamente não é um caminho fácil, talvez o momento mais difícil é justamente subir esses degraus e mais difícil ainda, é permanecer lá. Penso que a inclusão de mais uma cabeça com essa vivência específica somado ao time, pode ajudar e encurtar dificuldades e tempo nessa escalada.
Quero deixar claro que minha opinião, não significa que o jogador não possa chegar ao número 1 do mundo com seu treinador de sempre. Simplesmente que pode ser uma estratégia inteligente, que talvez produza atalhos produtivos, alcançando o máximo potencial de um jogador TOP, num espaço de tempo menor e com menos sofrimento.
Abraços e até a próxima!