Dedico essa matéria aos jogadores juvenis e profissionais.
Uma das coisas que é muito comentada no meio juvenil, que é a escola para posteriormente ir ao circuito profissional, é a questão da tal de confiança. O tênis, após um determinado nível e em determinados jogos, é decidido por pequenas decisões assertivas que fazem a diferença durante o jogo. Tudo começa fora da quadra, onde as conversas com seu treinador, psicólogo etc., são organizadas e determinadas para que o melhor e mais favorável aconteça.
Mas o poder e confiar no processo é totalmente individual e particular do jogador, aquele que decide e executa. Sem dúvida o momento do treino, onde são afirmadas através de repetições corretas dando mais certeza e convicção do que se faz, é onde o jogador dispõe de liberdade e soltura para experimentar e desenvolver novas e melhores habilidades.
Mas no jogo é onde o bicho pega, o momento de colocar realmente em prática durante o play e transcender os aprendizados para a realidade do jogo, mesmo com a pressão e importância do momento. Quanto mais o jogador fechar-se no que tem que executar e confiar no que está fazendo, mais chances de resultados positivos. E muito importante: o jogador poderá entrar em um jogo, fazer tudo o que foi combinado e talvez não sair com a vitória, pois seu adversário foi melhor naquele dia, e tudo bem!
Quando isso acontece, não se deve enfatizar negativamente e sim humildemente reconhecer o que aconteceu, positivar-se e seguir para mais trabalhos e ultrapassar novos limites. Entender que faz parte do jogo e sempre sairá somente um vencedor na questão resultado.
Mas num outro aspecto se o jogador conseguiu cumprir o que foi treinado e proposto, mesmo o adversário levando o jogo, ele não saiu derrotado. Essa referência é muito confundida e mal interpretada e precisa ser observada para enaltecer e fortalecer o poder interno do jogador.
Quanto mais o jogador assume as responsabilidades, mais irá fortalecer-se internamente. O reconhecer que seu adversário foi melhor num determinado dia é ser verdadeiro consigo mesmo e preservará seu poder.
O grande problema é quando o jogador dá poder ao adversário saindo do seu eixo, centro e diminuindo seu potencial. Um exemplo é o que chamamos de ‘grilo’ com determinado adversário no tênis. O jogador perde seguidas vezes para um determinado jogador e segue entrando em quadra já derrotado, mesmo com muitas chances de vencer, mas no fundo pensa que com determinada figura irá perder.
Isso acontece demais! Tanto no juvenil, quanto no profissional. O jogador com essa atitude, dá poder ao adversário antes de começar o jogo, sentindo que será derrotado, mesmo que não admita isso, mas é o que acontece.
Qual a solução??
Precisa aprender constantemente a fechar-se e manter seu poder, acreditando no que está realizando e não pensar na figura que está do outro lado. Muito jogadores respeitam um adversário no mal sentido, dando muito poder para fora de si.
O exercício de fechar-se e acreditar no seu potencial e poder constantemente é tão e muitas vezes mais importante do que o treino de quadra propriamente dito. Exercite, treine, sinta que tem o poder com você. Acredite e confie no seu potencial, independentemente se você já perdeu um jogo algumas vezes para determinado adversário.
Com esse referencial treinado, claro e firme no mental e sentir, talvez o resultado nessa determinada situação lhe será favorável em uma próxima oportunidade.
Seguimos em frente, abraços e até a próxima.