Qual a mágica da sobrevida de Nadal daqui em diante?

Olá pessoal, feliz de estar de volta às minhas colunas depois de umas férias.

E volto a escrever sobre esse monstro sagrado que encanta o mundo e dá um dos maiores exemplos de motivação e amor ao esporte que pratica.

A vitória recente do torneio de Melbourne foi impressionante.

Ver Rafa voltar depois de uma dura recuperação de lesão no pé e jogar como jogou, sem dúvida é a prova robusta de um grande trabalho tanto na fisioterapia bem como na parte técnica e muito na estratégica.

Certamente esse tempo que o espanhol esteve fora de ação se recuperando, serviu para muita reflexão e desenvolvimento de um projeto com o objetivo de esticar por mais tempo o altíssimo nível de jogo e carreira do Touro Miúra.

Observamos durante essas duas décadas a evolução e adaptação dos ‘bigs players’, sobrevivendo e superando toda essa turma que foi aparecendo no decorrer do circuito internacional.

Nadal, Federer (no estaleiro por enquanto), Djokovic, Murray (renascendo das cinzas como uma Fênix), se reinventaram diversas vezes evoluindo tecnicamente, completando-se cada vez mais e também voltando de lesões pesadas e voltando a jogar em altíssimo nível novamente.

Antes desses monstros sagrados, diversos gigantes tiveram problemas semelhantes e foram à aposentadoria.

Logicamente que os tempos eram outros, a ciência esportiva não era como hoje, mas penso que gênios como esses nossos remanescentes talvez não vejamos mais.

O dinheiro e ranking para esses caras não é mais a motivação e sim o amor em estar na quadra jogando e competindo é o que importa.

Voltando ao Rafael Nadal, poderemos observar que a estratégia principal será encurtar os pontos e buscar as definições mais cedo.

O desgaste físico do espanhol é o item mais importante a ser observado na estratégia.

Certamente não interessa a Rafa grandes trocas de bola e muita correria com o perigo de acarretar lesões. Obviamente o físico do canhoto de Mallorca (e quando me refiro a físico falo em articulações, ligamentos, coluna) sofreu enorme desgaste por anos na indubitável dependência do físico na característica de seu jogo.

O espanhol sem dúvida tem arsenal de sobra para um jogo muito mais agressivo.

O que vimos nesse torneio e veremos cada vez mais, será Rafa indo bem mais para as bolas com seu forehand, também virá bem mais à rede após abrir seu adversário usando ângulos e approaches, e certamente o saque e voleio em horas importantes e decisivas.

Nadal tem jogo, cabeça e coração para isso, inclusive comentado pelo seu treinador Carlos Moya. 

A lenda viva Touro Miúra está pronto para mais um grande desafio.

Grande abraço e até a próxima.

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