Nos mais remotos sonhos de qualquer tenista, tenho certeza que não aconteceu e não acontecerá ninguém sonhando com o absurdo de vencer 12 vezes o Grand Slam francês. Foi o que mencionou Rafael Nadal , emocionado com o que acabava de realizar.
Uma dúzia de Roland Garros foi o que esse fenômeno levou para casa. Adoraria ver as 12 réplicas em sua prateleira, que muito provavelmente será fotografada em breve. Me sinto como em uma contagem regressiva, aguardando se ele vencerá novamente o ano que vem.
Gostei do Thiem falando, do possível momento de ver seu time assistindo, quando finalmente ganhará seu primeiro título. Certamente isso ocorrerá, não tenho dúvidas. Thiem mostrou isso no jogo em algumas ocasiões, quando quebrou o saque do espanhol e depois não conseguiu manter o seu, no primeiro set, deixando escapar.
Pude observar a pressão que colocou em Rafa Nadal, nas longas trocas com pesadíssimos top spins e o espanhol sentindo. Mas as oportunidades são poucas e implica também em não cometer erros bobos quando se tem a chance.

No segundo lutou muito, venceu, mas claramente no começo do terceiro set, sentiu o cansaço do longo jogo que teve no dia anterior contra Djoko. De qualquer jeito, seria duríssimo tirar esse titulo de Rafa. O espanhol vira um monstro no seu torneio favorito e luta como se lutasse por sua vida pela vitória.
A realidade é que em melhor de 5 sets no saibro, Nadal é imbatível no momento. Se almejam alguma possibilidade, é mandatório vencer o primeiro set. Imaginem perder o primeiro set, matar-se para ganhar o segundo, e pensar, ainda tenho que ganhar mais 2 sets contra esse cara do outro lado? Pois esse monstro do outro lado, não largará o osso até o último suspiro, enquanto estiver respirando, e se eu marcar bobeira, ele passará um rolo compressor.
E foi o que aconteceu.
No início do terceiro set, com a paradinha básica que Nadal deu, no intervalo para o terceiro set, voltou como se tivesse tomado banho, pulando sem parar, com um Thiem sentado comendo suas barrinhas de cereais e rezando para estar menos cansado. A quebra já se deu no primeiro game e Nadal acelerou não dando mais chances para o jovem austríaco.
Com pressão total, estratégia de defender-se com bolas altas dos ataques de Thiem, para em seguida buscar ficar mais em cima da linha, batendo ângulos incríveis com seu backhand ou winners com seu potente forehand, sacando e voleando, com maestria em horas chaves, Rafael Nadal foi perfeito.

Não deu mais nenhuma chance a um cansado Thiem, que claramente não aguentou a fúria do Touro. Thiem teve que se conformar com seu vice-campeonato mais uma vez, e ansiosamente esperar, para talvez ter uma nova oportunidade ano próximo.
E nós todos assistindo e perguntando: será que vem a décima terceira? rs.
Alguém duvida de Rafael Nadal?
Eu não, rs