A referência do sucesso no tênis

O tênis em alto rendimento é uma eterna pegadinha mental e nada difere as devidas proporções dos jogadores amadores ou juvenis.

Recentemente, acompanhamos as performances de jogadores que quando surgiram eram considerados os herdeiros dos Big 3 (Federer, Nadal e Djokovic). Na época da hegemonia desses 3, alguns novos jogadores surgiam como Grigor Dimitrov (Baby Federer), Alexander Zverev (declarado por Federer e Nadal que seria o próximo número 1 do mundo), aparecerem, impressionarem o mundo e realmente demonstraram sinais que seriam os próximos a liderar os grandes feitos.

Mas pesou a responsabilidade e ao invés de dominarem o circuito, o que vimos foram dúvidas, cobranças, falta de confiança e resultados muito aquém das expectativas do mundo tenístico.

O que realmente aconteceu?

Em minha modesta opinião, não tiveram o suporte mental e necessário para tais feitos. Deixaram o barco navegar e não souberam velejar as águas turbulentas e chegar à calmaria.

Em nosso esporte, não conta somente ter talento e jogar um incrível tênis. O lado externo com tudo que acompanha, tem um enorme impacto no jogador de alto rendimento, e aqueles que naturalmente tem essa capacidade ou aqueles treinados para isso, tem melhores chances de sucesso.

Hoje podemos ver jovens que são resultados desses mesmos, que eram os próximos ‘Bigs’, transitarem a seu tempo. Jovens como Carlos Alcaraz (orientado por um ex-número 1 do mundo Juan Carlos Ferrero), que segue cegamente o que seu mestre dita, e Jannik Sinner (jogador que amadurece a seu tempo, também auxiliado por um TOP coach Darren Cahil).

Dois exemplos entre outros que aos poucos chegarão lá, exemplo do talentoso e potente Ben Shelton (orientado por seu pai Brian Shelton, ex-jogador do circuito ATP).

Mas o que esses jogadores tem de diferente de um Dimitrov e Zverev? A REFERÊNCIA CORRETA.

A capacidade de pensar e sentir o que funciona.

Saber colocar a referência de trabalho e performance, na frente de especulações, notícias e cobranças por resultados e rankings.

A boa ambição, que resulta em querer melhorar constantemente e resultados como consequência e não o principal alvo.

Aprender e condicionar, treinar seu mental e emocional constantemente, para que essa atitude vire um hábito, onde esse estado seja o natural, normal. Condicionar a profissão, carreira a longo prazo e não somente a uma vitória momentânea e sim mais uma etapa conquistada dentre tantas que virão pela frente.

Vencer constantes desafios e sempre superar seus próprios limites em busca da excelência.

Escrevi hoje sobre isso, pois essa atitude serve para qualquer jogador em qualquer nível que tenha vontade de melhorar. Quando temos essa atitude, referência, evoluímos e ultrapassamos nossos limites individuais e colocamos um real significado no que fazemos.

Cada um saberá internamente o valor e significado de suas conquistas.

Desejo a todos, muito sucesso! Mãos à obra.

Um abraço e até a próxima.

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