US Open 2023 e a relevância do saque

Nesta segunda-feira (28), começou o último Grand Slam do ano nas quadras duras de New York.

Pudemos assistir nos últimos torneios de quadras duras, iniciando a sequência no Canadá, como vem pesando cada vez mais, o saque.

O saque sempre foi muito relevante e continua sendo principalmente no tênis masculino, mas agora também muito no feminino. Comento muito a importância para a confiança como um todo, ter um excelente saque.

O jogador quando possui um alto percentual de primeiros saques, alimenta demais a confiança em seu jogo. A capacidade de realizar seu game sacando com propriedade, tira a pressão de suas costas e coloca imensa pressão nos adversários, que sentirão a obrigação de fazer o seu e manter a paridade da disputa.

Um grande sacador pode se dar ao luxo de arriscar muito mais no saque do adversário, ousar mais.

Pudemos presenciar vários jogadores que se mantiveram por muitos anos no circuito por terem saques relevantes. Um deles que anunciou recentemente sua aposentadoria foi John Isner.

O norte-americano contava praticamente com 2 potentes golpes, seu saque e forehand, onde seu saque era praticamente impossível de ser quebrado num bom dia. Mesmo assim, conseguiu manter-se por um longo período no Top 10, inclusive sendo até hoje o protagonista do jogo mais longo de Wimbledon, por conta principalmente do seu imenso saque.

O contrário, quando um jogador não saca bem ou está num dia onde seu percentual de primeiros saques está baixo, inicia seu ponto já pressionado e precisa recuperar o comando do jogo, sempre pressionado pela resposta de saque mais agressiva de seu oponente. Principalmente esse fator da resposta muito agressiva tomou uma proporção gigantesca.

O tênis vem mudando constantemente e logicamente os jogadores que estão no topo são a referência maior.

Percebam como Djokovic, Swiatek, Rybakina, nossa brasileira Bia Haddad Maia, Carlitos Alcaraz, Jannik Sinner entre vários outros, não estão perdoando o jogador que não possui um percentual alto de primeiros saques. Colocam imediatamente, logo no início do jogo uma pressão absurda, nos segundos saques de seus oponentes. Pressionam ao máximo, procurando a quebra de saque o mais rápido possível, intimidando seus adversários.

Exemplo máximo ultimamente, foi o jogo entre Alcaraz e Djoko na final de Cincinnati.

Para mim, o melhor jogo em 3 sets que assisti até hoje, onde a grande disputa foi marcada em quem conseguia maior percentual de primeiros saques, pois ambos pressionam e são capazes de disparar respostas de saque extremamente agressivas, tanto profundas quase nos pés do oponente, bem como respostas winners e também respostas approachs, principalmente Alcaraz vindo imediatamente para a rede.

Outro também que pressiona o saque de seus adversários, sendo uma de suas características principais é Jannik Sinner. Para mim, o jovem italiano é o profissional que bate na bola com maior potência que já vi até o momento.

Observem atentamente este US OPEN que se inicia nesta segunda e vejam o texto acima acontecendo. A tônica e características principais serão maior percentual de primeiros saques e o castigo dos jogadores nos segundos saques com respostas superagressivas.

Também estou ansioso para ver a performance desse jovem australiano Max Purcell, que saca e voleia os dois serviços, buscando muito à rede em seu jogo como um todo, ressurgindo com maior intensidade no saque e rede ao melhor estilo de seu compatriota campeão do US OPEN e ex-número 1 do mundo Patrick Rafter.

Adoraria ver mais jogadores com essas características, onde os jogos seriam muito mais ricos e cheios de variações. Excelente Aberto dos USA a todos e vamos acompanhando.

Até a próxima! 😀

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