A bastante tempo escrevo sobre o talento do alemão meio russo Alexander Zverev.
Quando assisti Sasha jogar pela primeira vez, escrevi que tinha um enorme potencial para ser um futuro número 1 do mundo.
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Em sua caminhada construiu enormes fantasmas nas expectativas que criou e que o mundo do tênis, inclusive jogadores como Federer e outros confirmando que ele tinha tudo para ser um número #1.
Posição de destaque e lisonjeio?
Vamos com calma nesse angu.
A rapadura é doce, mas muito dura.
Toda essa expectativa, gerada por ele e por outros, não foi absorvida com naturalidade por Zverev. Em sua cabeça, mostrou-se evidente que a sua própria cobrança e pressão formaram demônios constantes onde a ansiedade imperou e atrapalhou.
O alemão não soube tirar de letra e tocar sua carreira com naturalidade. Podemos observar no absurdo da final do US Open, contra um manco Thiem, que Zverev simplesmente deu de presente o torneio para o austríaco. Suas feições declaravam total pânico em quadra, onde numa simples troca de bolas, conseguia fazer um erro não forçado, batendo a bola a metros absurdos fora da quadra.
Realmente tive aflição em vê-lo finalizar o jogo daquela maneira, depois de 2 sets iniciais onde demonstrou tudo o que pode jogar. Fiquei preocupado com um possível suicídio (rs), depois da declaração chorando e falando de sua decepção e de ter decepcionado sua família.
Mudanças positivas posteriormente se apresentaram.
A mudança de treinador, agora sendo treinado pelo incansável e carne de pescoço David Ferrer, mostram resultados extremamente positivos.
O espanhol com uma carreira brilhante, baseado num esforço, dedicação, persistência colossais, está ajudando muito Zverev.
A luta que trava com seus demônios está se mostrando eficaz, onde vemos como aprende a lidar com suas inseguranças e impor seu melhor jogo. Talvez tudo isso que aconteceu, esteja fazendo com que se conheça melhor e saiba encontrar sua fórmula para vencer seus desafios internos. Digo internos, pois se conseguir jogar tudo o que sabe, certamente conseguirá seu objetivo de ser o number One. Mesmo com tudo que passou continuou top 10.
Escrevo essa matéria, domingo antes da final, onde enfrentará o monstro russo das quadras duras Medvedev.
Assistindo posso me dar ao luxo de ter grandes expectativas em relação a performance do alemão.
Será que sua técnica no momento está sendo tomar uma postura mental de expectador em relação ao seu jogo?
Mas isso é assunto para outra interessante matéria.
Ótima final de Paris a todos e bom domingo.