A intensidade na medida certa na carreira de um tenista

Muito se comenta sobre a intensidade nos jogos, mas como usá-la adequadamente?

Na realidade, a intensidade não se resume a somente quadra, mas em todos os momentos na preparação de um jogador e principalmente durante um torneio.

O acelerar e desacelerar nos momentos adequados é o grande segredo.

Obviamente nos treinos em quadra, devemos manter o máximo de intensidade, principalmente nos dias em que acordamos meio com o pé esquerdo, meio cansados e metabolismo mais lento.

Tenho a convicção de que nos treinos temos que estressar algumas situações, para que nos jogos se realizem com mais facilidade. Por exemplo, muitas trocas de bola mudando direção procurando velocidade e redução de erros não forçados, entre vários outros exercícios com repetições.

Djokovic em ação no Masters 1000 de Paris/Foto: Reprodução Twitter

Repetimos muito para que quando houver uma situação onde precisaremos menos, termos sobrando. O trabalho de fortalecimento mental é fundamental. E nos dias que acordamos com pé esquerdo, é jogo duro. Nesses dias é quando realmente conseguimos transmutar dias ruins em bons dias e aproveitamento.

Esse tipo de condição acontece de fato durante um torneio. Nem sempre acordamos bem, dormimos bem, seja pelo cansaço mental ou físico. Esse tipo de condição se trabalha nos treinos. Observar ferramentas que podem ser utilizadas fora da quadra como: Relaxamento, meditação, alongamentos, visualizações, ajudam muito.

Trabalhar a capacidade de desligar-se quando fora da quadra é fundamental para restabelecer as energias e estar pronto para um novo dia e desafios. Esse tipo de condição deve ser observada diariamente na carreira de um tenista profissional ou mesmo juvenil de alto rendimento.

Essa capacidade de perceber as diferentes intensidades acaba refletindo durante uma partida. Quanto mais intenso e difícil for uma partida, mais o peso da dosagem da intensidade.

Nadal durante o ATP 250 de Melbourne/Foto: Reprodução Twitter

Durante os pontos, ligar a chavinha quando do início de um ponto e rapidamente desligar por alguns segundos, relaxando e já pensando no ponto seguinte, bem como nas trocas de lado onde essa chavinha ‘on e off’ é colocada em pratica, fará muita diferença nos momentos decisivos.

Vemos diversas situações, onde mesmo o jogador profissional atropela com a intensidade e perde o jogo para ele mesmo. Essa qualidade de saber lidar com a intensidade é talvez um dos grandes diferenciais de Roger Federer, Novak Djokovic e Rafael Nadal em suas carreiras.

Djokovic na Quadra Central de Wimbledon/Foto: Reprodução Twitter

Alguns jogadores quando estão em ascensão muitas vezes se perdem e levam um tempo maior para maturar. Mais recentemente, podemos observar esse processo com o italiano Jannik Sinner e nossa brasileira Beatriz Haddad Maia também.

A capacidade de ser extremamente intenso quando necessário e desligar nos intervalos e mesmo mudar a intensidade durante um ponto, muitas vezes poderá fazer a diferença numa grande vitória contra um grande jogador.

Bem, espero ter ajudado um pouco a esclarecer sobre intensidade.

Um abraço e até a próxima!

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