Todos estamos acostumados a assistir aos torneios do circuito e quando vemos os jogadores da chave, começamos a mais ou menos prever os resultados de quem chegará mais longe na chave e até fazer o prognóstico de quem vencerá o torneio, não é mesmo?
Pois é, na copa Davis o bicho é mais embaixo. A disputa entre países foge completamente ao usual de possibilidades. Se analisarmos friamente, provavelmente erraremos no prognóstico.
Existem muitos fatores que influenciam as disputas e como os jogadores mudam quando defendem seu país. O negócio pode virar meio bipolar, rs.

Os fatores são inúmeros:
A disputa começa bem antes do confronto.
A escalação, ordem dos jogos, quem estrategicamente enfrentará quem, observando as características dos jogadores, é fundamental.
O treinador e a equipe técnica têm um papel gigante nessa história. A maneira como o capitão e técnico da equipe preparará o time psicologicamente é crucial. Fortalecer o espírito da equipe, onde todos jogarão juntos mentalmente e energeticamente como um só corpo é parte fundamental.

A equipe tem que começar a disputa onde todos tenham absoluta convicção que poderão vencer o embate. Todos jogam pelo time e pelo país. Não existem individualismos.
O jogador deixará seu suor, corpo e alma na quadra jogando com o país na sua bagagem. A maneira como o jogador vai metabolizar a energia do momento fará toda diferença. Saber trazer a energia do público, jogar com o público chamando a torcida para si, alimenta a desenvoltura e confiança do jogador.
A valorização dos pontos importantes trazendo essa energia do público, que vibrará nos momentos cruciais do jogo, pode fazer a grande diferença. Jogar em casa, pode ser o melhor dos mundos e diferencial.
Nos próximos dias 4 e 5 de março, no Estádio do Parque Olímpico, teremos um replay de 1992 entre Brasil e Alemanha. Na época, a forte equipe de Boris Becker vinha como favorita contra o nosso Brasil.
Nosso time capitaneado pelo competente Paulo Cleto e nossos jogadores Luiz Mattar, meu irmão Jaime Oncins, Cássio Mota e Fernando Roese, demonstraram isso tudo que escrevi acima e levaram a disputa vencendo contra todos os prognósticos.
Bateram a fortíssima Alemanha e logo depois a Itália, levando o Brasil às semifinais mundiais.

Agora, temos uma Alemanha de Zverev e um time que pode sentir a pressão e desequilibrar mentalmente e emocionalmente jogando num caldeirão lotado de torcedores brasileiros.
Nossa torcida é única.
Hoje, na equipe brasileira, temos um time jovem contando com o já experiente Thiago Monteiro, com jovens como Thiago Wild (que na minha opinião se estiver com a cabeça no lugar pode ser perigoso para qualquer adversário) e Felipe Meligeni Alves, que vem demonstrando muita garra e evolução. Todos com muita vontade de grandes vitórias. Temos também nossa dupla sensacional com Bruno Soares e Marcelo Melo, que podem fazer a diferença.
O capitão, meu irmão Jaime Oncins, tem todas as credenciais, onde voltando à 1992 contra a mesma Alemanha, fez o ponto decisivo do Brasil para a conquista.

Jaime sabe do que é preciso. É um baita agregador e tenho certeza, psicologicamente passará a atitude necessária e reconhecerá os momentos importantes, passando toda a experiência aos jovens.
Em 1992, montaram uma arena no Barra Shopping e que estava completamente lotada. Foi uma festa incrível que jamais esquecerei.
Nos dias 3 e 4 será no Parque Olímpico e está completamente sold out. Será que estou vendo um replay ai de 1992?
Aguardando ansioso pelas cenas dos próximos capítulos…
Vamossssssssss, Brasil! Unidos numa só força, acreditando muito!!!
Abraços e até a próxima.