Sempre comento em várias ocasiões a importância de se ter um bom saque em qualquer nível de tênis. O saque é o início de tudo no tênis e sem um ótimo fundamento, fica uma grande lacuna no aproveitamento estratégico como um todo.
Psicologicamente, sacar bem, faz com que a confiança geral aumente exponencialmente. Conseguir realizar com mais facilidade seus games de saque, tira uma grande pressão das costas e embute enorme pressão no adversário, pois você se soltará muito mais nas respostas e games em que estiver respondendo, podendo assumir mais riscos.
Já o seu adversário sabendo que você é um bom sacador, entrará pressionado em realizar seu próprio saque. Caso ele não tenha um bom saque, a pressão aumentará muito mais.
Tenho diversos vídeos no meu canal Edu Oncins no YouTube onde detalho a mecânica mais funcional para um excelente saque.

O saque parece complicado, mas com a mecânica bem entendida é o golpe mais natural de todos, onde a soma das alavancas de forma solta e bem sincronizada resulta em velocidade, sensibilidade na mão e punho para colocação e regularidade.
O aprendizado dos possíveis lançamentos para a variação dos saques é fundamental. Digo sempre que um bom lançamento (Toss) é o coração do saque. Ele que dá tranquilidade e proporciona muito relaxamento na execução do movimento do braço direito.
Infelizmente vejo por ai vídeos de aborto de movimentos que encurtam a naturalidade e matam as principais alavancas para que o saque se desenvolva com máxima eficiência. Quando o saque é realizado encurtando o movimento e se buscando atalhos, gera tensões que no decorrer do jogo, cansa o braço e faz que a produtividade, principalmente do primeiro saque caia drasticamente.
Ao contrário, quando o movimento é realizado de forma natural, solto com o aproveitamento máximo das alavancas naturais que começam em nossos pés, joelhos, cintura, tronco, braços totalmente relaxados, alternando braço esquerdo do lançamento primeiro, com o braço direito da raquete em baixo, subindo somente na alternância de alavancas, culminando com a laçada atras das costas, batida com a extensão máxima do braço e uso adequado da munheca, o resultado é maravilhoso.

Os diferentes saques, desde o flat, slice, quick serve, dependem da maneira certa do ajuste dos lançamentos e entrada correta da munheca (punho) e sensibilidade da mão.
Apertar a raquete na mão, não é uma opção e sim o ajuste correto da mão e dedos no grip, fazendo o manejo fácil e confortável, proporcionando muito controle no contato com a bola.
Dessa maneira no decorrer do jogo o movimento vai se aquecendo, ganhando velocidade e se mantendo muita regularidade. A confiança só aumenta e você poderá contar com seu saque nas horas importantes.
Penso que somente o movimento carecerá de algum ajuste, se o jogador tiver algum problema físico (congênito, musculatura) que impeça a realização de um movimento harmônico e completo.
Temos que pensar também que quando sacamos, somos os controladores do tempo para a realização dentro dos 25 segundos durante os pontos. Isso é mais que suficiente para nos concentrarmos de forma calma, tranquila, relaxada e decidimos a realização.
Muito importante estarmos atentos aos diferentes saques que realizamos estrategicamente e a memória do que estamos realizando durante o game que estamos sacando.
Perceber a recepção de nosso adversário é fundamental. Devemos deixá-lo constantemente pensando qual saque iremos realizar.
Através do domínio do lançamento (Toss) podemos esconder, pretender que iremos sacar de um jeito e mudar no contato.
Recomendo que acessem meu canal Edu Oncins no YouTube e poderão assistir a vários vídeos onde detalho a mecânica mais funcional do saque.
Desejo ótimos saques a todos!
Abraços e até a próxima.