Epicondilite Lateral: entenda como funciona o “cotovelo de tenista”

The match between Tomas Berdych (CZE) and Novak Djokovic (SRB) in the quarter final of the Gentlemen’s Singles on No.1 Court. The Championships 2017 at The All England Lawn Tennis Club, Wimbledon. Day 9 Wednesday 12/07/2017. Credit: AELTC/Joel Marklund.

A epicondilite lateral, também conhecida como cotovelo do tenista, é uma condição comum que acomete de 1 a 3% da população. O termo epicondilite sugere inflamação, embora a análise histológica tecidual não demonstre um processo inflamatório. A epicondilite lateral evolui por vários estágios, começando com angiogênese degenerativa e terminando com fibrose e calcificação. Músculos e tecidos moles ao redor do cotovelo estão predominantemente envolvidos na epicondilite lateral, sendo a estrutura acometida com mais frequência é a origem do tendão extensor radial curto do carpo e o mecanismo de lesão está associado à sua sobrecarga pronunciada com a extensão do punho (COHEN e MOTTA FILHO, 2012).

A epicondilite lateral é uma fonte comum de dor lateral do cotovelo. Geralmente afeta a extremidade superior dominante, está associada a atividade repetitiva e vigorosa (SHIRI et al., 2006) e está distribuída igualmente entre homens e mulheres (SHAMSODDINI et al, 2010)

Nos tenistas, normalmente a dor inicia no golpe de esquerda (backhand), causada pela sobrecarga de esforços repetitivos, por movimento brusco, ou movimentos indevidos (CYRIL GENEVOIS, 2015). Até 50% de todos os tenistas já sentiram algum tipo de dor no cotovelo e 75-80% dessas queixas de cotovelo são atribuídas a cotovelo de tenista (KELLEY et al., 1994)

Novak Djokovic Cotovelo de Tenista Tennis Elbow
Novak Djokovic (SRB) stretches his shoulder during play against Adrian Mannarino (FRA) on Centre Court in the Gentlemen’s Singles Fourth Round. The Championships 2017 at The All England Lawn Tennis Club, Wimbledon. Day 8 Tuesday 11/07/2017. Credit: AELTC/Tim Clayton.

A epicondilite lateral é uma tendinopatia dolorosa para a qual são utilizadas várias estratégias de tratamento não cirúrgico (SAYEGH e STRAUCH, 2015). A maioria dos pacientes diagnosticados são efetivamente tratados sem cirurgia, pois geralmente é um processo autolimitado do qual até 90% dos pacientes se recuperam em 1 ano sem intervenção cirúrgica (TAYLOR e HANNAFIN, 2012).

A terapia manipulativa é frequentemente usada no tratamento da dor musculoesquelética. Uma característica clínica frequentemente relatada deste tratamento é o imediatismo da melhora da dor e da função (VICENZINO et al., 1996)

A fisioterapia combinando manipulação e exercício do cotovelo tem um maior benefício nas primeiras seis semanas de tratamento (BISSET et al., 2006). A manipulação melhorou a dor em pacientes com epicondilite lateral, pois reverteu as falhas posicionais das articulações, causando um alívio rapidamente da dor e melhora do comprometimento funcional (HERD e MESERVE, 2208).

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