A epicondilite lateral, também conhecida como cotovelo do tenista, é uma condição comum que acomete de 1 a 3% da população. O termo epicondilite sugere inflamação, embora a análise histológica tecidual não demonstre um processo inflamatório. A epicondilite lateral evolui por vários estágios, começando com angiogênese degenerativa e terminando com fibrose e calcificação. Músculos e tecidos moles ao redor do cotovelo estão predominantemente envolvidos na epicondilite lateral, sendo a estrutura acometida com mais frequência é a origem do tendão extensor radial curto do carpo e o mecanismo de lesão está associado à sua sobrecarga pronunciada com a extensão do punho (COHEN e MOTTA FILHO, 2012).
A epicondilite lateral é uma fonte comum de dor lateral do cotovelo. Geralmente afeta a extremidade superior dominante, está associada a atividade repetitiva e vigorosa (SHIRI et al., 2006) e está distribuída igualmente entre homens e mulheres (SHAMSODDINI et al, 2010)
Nos tenistas, normalmente a dor inicia no golpe de esquerda (backhand), causada pela sobrecarga de esforços repetitivos, por movimento brusco, ou movimentos indevidos (CYRIL GENEVOIS, 2015). Até 50% de todos os tenistas já sentiram algum tipo de dor no cotovelo e 75-80% dessas queixas de cotovelo são atribuídas a cotovelo de tenista (KELLEY et al., 1994)

A epicondilite lateral é uma tendinopatia dolorosa para a qual são utilizadas várias estratégias de tratamento não cirúrgico (SAYEGH e STRAUCH, 2015). A maioria dos pacientes diagnosticados são efetivamente tratados sem cirurgia, pois geralmente é um processo autolimitado do qual até 90% dos pacientes se recuperam em 1 ano sem intervenção cirúrgica (TAYLOR e HANNAFIN, 2012).
A terapia manipulativa é frequentemente usada no tratamento da dor musculoesquelética. Uma característica clínica frequentemente relatada deste tratamento é o imediatismo da melhora da dor e da função (VICENZINO et al., 1996)
A fisioterapia combinando manipulação e exercício do cotovelo tem um maior benefício nas primeiras seis semanas de tratamento (BISSET et al., 2006). A manipulação melhorou a dor em pacientes com epicondilite lateral, pois reverteu as falhas posicionais das articulações, causando um alívio rapidamente da dor e melhora do comprometimento funcional (HERD e MESERVE, 2208).