O tênis em números: Gael Monfils: o “Rei do Vice” na ATP; entenda

Foto: Divulgação/European Open

Não é mistério para ninguém o talento de Gael Monfils. Tenista de 32 anos, ele é reconhecido em todo o mundo por conta de seu talento dentro de quadra. Toda semana,  o francês é capaz de disparar jogadas incríveis. O perfil atlético e seu alto nível técnico permitem ao tenista de 1,93m fazer a alegria da torcida em todos os torneios que passa. Não atoa, ele chegou a ser o número #6 do mundo em 2016, ano em que foi semifinalista do US Open.

Outro fato interessante sobre a carreira de Gael que muita gente desconhece é seu desempenho espetacular enquanto juvenil. Em 2004, quando projetava sua transição ao profissional, ele faturou nada menos que três títulos de Grand Slam seguidos, do Australian Open, passando por Roland Garros e finalizando a série em Wimbledon. O feito é tão impressionante que só é superado pelo Calendar Grand Slam – isto é, quando o tenista vence os quatro títulos de Majors na mesma temporada – do sueco Stefan Edberg em 1983 e igualado pelos três títulos do australiano Mark Kratzmann (1984) e do venezuelano Nicolás Pereira (1988). Incrível, mesmo para um líder do ranking na categoria, como permaneceu ao final da temporada.

O que pesa contra o ‘La Monf’, entretanto, é justamente seu poder de decisão dos tempos da adolescência não ter se mantido no circuito da ATP. Ora bolas, você leitor pode estar se pensando, mas ele não foi um dos mais destacados nomes do circuito nos últimos dez anos, no mínimo? Sim, claro. Mas não são apenas boas campanhas que fazem de um tenista um verdadeiro campeão. É preciso vencer títulos.

monfils roland garros 2017
Foto: Divulgação/Roland Garros

Apenas sete conquistas de torneios da elite do tênis mundial colocam em dúvida não o talento do natural da cidade de Paris. Jamais, sua habilidade é incontestável. Entretanto, o número pequeno de conquistas para um tenista de sua magnitude nos faz pensar nos motivos para as repetidas derrotas em decisão. Seria Gael um jogador com o famoso “medo de vencer” citado por alguns treinadores? Fica a questão para refletirmos posteriormente. Agora, os números:

Monfils disputou ao todo 28 finais em sua carreira. Destas, somou apenas sete títulos, sendo seis deles nos ATP 250, categoria dos torneios menores no circuito, onde ficou também com treze vices. Nas 21 outras decisões, o ‘Showman’ precisou se contentar com o troféu de vice-campeão. Na categoria ATP 500, ele foi campeão em apenas uma oportunidade, pelo ATP de Wshington Open, e ficou com cinco segundos lugares. O pior desempenho aparece nas finalíssimas dos Masters 1000, onde foi superado pelos adversários em todas três chances que teve.

O principal resultado de tudo isso é uma estatística impressionante. Desde 1968, Gael Monfils é o tenista com menor aproveitamento em finais no circuito da ATP, com apenas 25% de vitórias. A informação é do perfil @OnlyRogerCanFly no Twitter, especializado em estatísticas sobre o esporte. Confira a lista:

Essa informação chega a ser curiosa quando comparada com a outra lista. Na história do circuito, Monfils é o terceiro tenista com maior número de temporadas consecutivas alcançando finais, empatado com o tcheco Tomás Berdych e atrás apenas do espanhol Rafael Nadal e do suíço Roger Federer. Veja a lista completa, disponível na página de estatísticas da ATP na Wikipedia em Inglês:

monfils record finais

Enfim, fica a reflexão sobre a carreira de um dos jogadores com tênis mais plástico e estimulante que já vi em quadra. Sou grande fã de seu talento, mas é realmente peculiar seu baixo desempenho na hora da decisão. Até a próxima!

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