Barcelona e Madri: Nova geração abre caminho e Djokovic volta as vitorias.

Reprodução: Twitter/StefTsitsipas

Achei importante escrever sobre os 2 torneios espanhóis, pois passaria um panorama mais interessante da aproximação do apogeu no saibro antes de Roma e Roland Garros. Com 3 torneios jogados na terra batida (Monte-Carlo, Barcelona e Madri5), podemos observar algumas mudanças no panorama do que esta acontecendo na Clay Season.

Primeiramente, respeitando a hierarquia, tenho que mencionar Rafael Nadal, que nas duas últimas décadas teve total hegemonia no saibro. Ainda procurando seu melhor tênis, sentindo-se acuado pela forma que os mais jovens encontraram para derrotá-lo, o touro está à procura do caminho para seu reino novamente. Tanto em Barcelona, perdendo para Dominic Thiem, como em Madri, perdendo para Stefanos Tsitsipas, observamos Rafael pressionado e derrotado pela mesma estratégia.

Rafa Nadal 2019 Masters Madri
Foto: Divulgação/Masters de Madri

Jogadores com o cacife de Thiem e Tsitsipas, adotam a tática de atacá-lo com bolas pesadas e fundas, posicionando-se a seguir em cima da linha, esperando a possível bola curta de Nadal, desferindo winners ou possíveis subidas a rede para definição. Assim forçam o Touro a ser mais agressivo, pressionado cometendo mais erros, que antes não aconteciam com a frequência atual. Bolas para definição, voleios fáceis, erros não forçados estão no cardápio.

Não podemos em hipótese nenhuma, desmerecer Tsitsipas e Thiem, demonstram cada vez mais que vieram para ficar e fazer historia.

Thiem com a fantástica vitória em Barcelona, demostrando sua incrível potência do fundo da quadra, versatilidade quando necessário e a maneira como ganhou de Roger Federer em Madri, me chamaram a atenção pela parte mental. Simplesmente não largou o osso, mesmo perdendo o primeiro set, ficou no jogo e sentiu que em algum momento, Roger abriria uma janela. Feliz de ver Roger Federer animado jogando no saibro, sacando indo a rede, jogadas variadas, usando todo seu arsenal que nos encanta. Desafios são a tônica para o gênio.

Jogando em altíssimo nível, Tsitsipas bateu Zverev e Nadal, demonstrando que pode vencer qualquer um em qualquer superfície. Fiquei impressionado com sua maturidade contra Nadal nas semifinais, mantendo estabilidade mental e emocional, principalmente ficando focadíssimo, ponto a ponto no terceiro set, aproveitando cada oportunidade no caminho para a vitória. Certamente os 2 estão começando a achar o caminho da tão perseguida regularidade de resultados para manter-se no topo.

Djokovic faz as pazes brilhantemente com a vitória na sua conquista em Madri. Mostrou aos 2 jovens, por que é o atual número um do mundo. Jogando seu melhor tênis, longe de suas atuações anteriores desde o começo do ano após sua vitória na Austrália, o sérvio voltou com tudo, mostrando aos jovens que o buraco com ele, ainda é mais embaixo.

Respectivamente derrotando Thiem nas semifinais e Tsitsipas na final, demonstrou sua incrível capacidade de defender-se e contra-atacar com precisão. Além de ser um monstro na parte técnica, sempre me chamou atenção sua capacidade atlética. Capaz de defesas quase impossíveis, com incrível elasticidade, Djoko sempre fez com que os 2 batessem uma bola a mais que o esperado, fazendo com que se apurassem cometendo erros não forçados ou provocando jogadas que os deixassem vulneráveis, e Nole definindo os pontos com tranquilidade, demonstrando toda sua experiência. Muito bom para o tênis e fãs de Djokovic vê-lo novamente com a faca entre os dentes.

Estou ansioso para ver Roma que começou hoje e o desenrolar desses protagonistas na reta final para o Templo Sagrado da Terra Batida, ROLAND GARROS.

Vamos acompanhando, até a próxima.

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